domingo, 23 de setembro de 2007

Agora

"Estréias são importantes demais para serem escritas ao acaso"

Dito isso, iniciei a minha estréia.Na verdade não aguardo fins de acaso, sombras de dúvidas encerradas, fichas suspensas.Eventualidade é presente e já passou. Antes crer assim que presumir que o passado nunca deixa de existir.Mas filosofias existênciais não são meu alvo.
É incrédulo o ilusório que desajeito em mim por instantes soltos,instantes de agora. Como prever que a primeira impressão que deixa a primavera será o seu último desejo. Isso é instante: é perceber que estamos, e que estar é transitório demais para se fazer planos.Eu fico com a vontade que cabe as sementes que querem brotar. E a vontade move, assim como a chuva move os grãos de terra pelos valos onde passa.
Se essas palavras representassem uma vontade - como essa que proponho - certamente muitos grãos deslisariam por aqui e formariam montanhas de terra umedecida. Mas não! Elas não repercutem, e até são um tanto pessemistas. Por trás de belezas, sempre oculto está um grande vício.Esse é o meu: o de escrever frases soltas.
(que as novas estações sempre nos tragam as alegrias que deixam no ar os ecos puros das risadas de uma criança.)

C.G*