sábado, 22 de dezembro de 2007

Tempo Quente

Estou inquerindo meu mais recente obséquio.
Parto de um estado adormecido para despertar num sonho.
Sou um texto sem gramática procurando ortografia.

Devo seguir minha norma padrão para só então ser culta?

Melhor é não ser ilustrada, não ser instruída, não ser civilizada.
É preciso um pouco mais que regras e bem mais que saber segui-las.
É preciso imperícia!

Apostei que hoje seria um dia de flores, e logo me avisam que começava o verão.
São desmaios no alto da tarde e despedidas na beirada da manhã.
Há pouca disponibilidade, quem sabe escondido algum perdão.
E eu aqui, definindo rogos, espreitando suas fendas. Nada me basta quando a tarde é cheia...

Atenua a hora que não chega, o vazio que nunca preenche, a presença que nunca convence.
Tolo! se ainda insistes. Bem sabes que pouco lhe convém.

E era dia de flores, de passos leves, de brisa pouca, de bom cheiro na volta. Era dia de flores!
Atravesso a mesma rua e continua sendo verão.

Um comentário:

guilherme sanches disse...

Seu melhor texto!
E olha que os outros são muito bons...
Beijo.